A busca desenfreada pela magreza tem ocasionado cada vez mais mortes entre adolescentes e adultos. A novidade é que a doença também já vem sendo registrada entre crianças, e os pais devem ficar atentos a alguns sinais de risco.
Conhecida por acometer adolescentes e jovens entre 12 e 20 anos, a anorexia – um distúrbio da mente com reflexos severos para o corpo – começa a ficar mais presente no universo infantil. Suas causas são diversas: de fatores genéticos à pressão dos coleguinhas, da mídia e do próprio modelo dentro de casa.
Há outras também outras causas para o problema: alguns estudos alertam para eventos traumáticos, como abuso sexual. Outra causa são alterações metabólicas e psicológicas, devido a fatores genéticos. Uma delas é a desregulação da cerotonina, Um neurotransmissor responsável pelo humor.
Para obter o corpo desejável, fazem dietas bastante restritivas, com poucos nutrientes e calorias, além de atividades chamadas purgatórias, como o uso de laxantes, anorexígenos (medicamentos que induzem à anorexia), provocam vômitos e fazem exercícios exaustivos, que podem provocar até lesões.
O numero de casos da doença aumentou nos últimos anos. Não se tem dados precisos no País, mas é visível que há mais casos de anorexia nos consultórios. Isso porque a sociedade esta com padrões mais rígidos de beleza e perfeição. Todas devem ser magras, de cabelos lisos, e essa obsessão leva muitas mulheres à morte. os profissionais devem estar mais atentos ao diagnostico.
Como conseqüência da doença, a criança pode ficar com desnutrição e, no caso das meninas, não conseguir menstruar, não entrando na puberdade por falta de nutrientes.
Além disso, é possível que após um caso de anorexia, o paciente tenha bulimia – após comer, a pessoa provoca vômitos ou então se exercita em excesso.
O tratamento varia de acordo com o caso do paciente, muitas vezes dependendo do grau da doença, é utilizado remédios antidepressivos e antipsicóticos (para reduzir a distorção do pensamento). É muito importante para o tratamento o acompanhamento com nutricionista, endocrinologista, psicólogo e pediatra ou clinico geral.
Confira abaixo 12 dicas de como você pode ajudar seu filho a se livrar da obsessão pela magreza, segundo profissionais do CEPPAN - Clínica de Estudos e Pesquisas em Psicanálise da Anorexia e Bulimia:
1 – Crianças anoréxicas geralmente têm famílias muito exigentes. Não faça cobranças exageradas em relação a tarefas e organização.
2 – Nunca diga este alimento é “bom” ou “ruim”, “engorda” ou “não engorda”. Você pode induzir seu filho a restringir a dieta.
3 – Prefira expressões como “isto é mais saudável”, ou “coma um pouco de cada coisa”.
4 – Não expresse uma preocupação excessiva com o corpo perto dos pequenos. Você é o principal modelo para o seu filho.
5 – Cuide também das dietas mirabolantes. Evite contar calorias e cortar alimentos na frente das crianças.
6 – Encoraje seu filho a provar todo tipo de comida. É importante para o crescimento. Por que, afinal, não se pode comer brigadeiro? De vez em quando não faz mal algum!
7 – Não proponha, a não ser por recomendação médica, uma dieta para a criança. É importante que ela coma de tudo.
8 – Não estimule os apelidos relacionados à forma física, como gordinha, fofinha, redonda, bolacha, baleia...
9 – Não associe comida a castigo ou premiação. Comida é comida (e chocolate, definitivamente, não é prêmio).
10 – O momento da alimentação precisa ser agradável. Não force seu filho a raspar o prato. As crianças nem sempre precisam da quantidade de comida que os pais acham necessário.
11 – Ajude seu filho a ter uma imagem positiva de seu corpo. Explique que as crianças têm genéticas diferentes, por isso algumas são mais magrinhas que outras.
12 – Esclareça que o modelo de beleza das revistas e dos filmes não é real e não representa a maioria da população.
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